Como estar sempre evoluindo o meu produto?
Tivemos uma conversa muito especial com Allison Ferraz – Digital Product Manager na Whirlpool Corporation e Leo Molina – Product Owner na Môre – Digital Business Design, abrangendo o tema “Como estar sempre evoluindo meu produto?” Neste papo discutimos como enfrentar e resolver problemas mantendo a cultura em produtos.
Qual a melhor definição para produto?
O termo “Produto” pode ter múltiplas definições. Compreender este termo é fundamental para melhorar o que é ofertado pela empresa, contribuindo para que a organização apresente maior produtividade no negócio e consequente lucratividade em seu ramo.
Para Leo “o produto é algo que a empresa produz com propósito e que pode ser aprimorado sempre. É relacionado a diferentes óticas.”
Complementando a resposta do Leo, Allison acredita que a melhor definição de produto é: “Tangibilizar uma proposta de valor e de fato possibilitar a criação de algo, seja físico ou com diversas soluções que resolvam o problema ou usuário.”
Além de tangibilizar, é necessário rentabilizar. Alisson acredita que sempre devemos pensar se o produto trará retorno para empresa e para o time – “É importante rentabilizar a experiência e garantir o lucro em cima da sua proposta já que o produto nasce da necessidade de evoluir um projeto. Um produto por definição é inacabável. Ele sempre precisa de evolução, novas ideias e características.” – conclui Allison.
Como ter a visão de que é necessário evoluir o produto?
Ao entrarmos nesta questão, tivemos respostas diferentes. Para Leo (Product Owner) o produto nasce com uma liberdade que não está perfeita e através de dados provenientes de mensuração você busca insights para melhoria. O teste constante é essencial, incluindo também a busca de dados.
Para Alisson, (Product Manager) a melhoria do produto envolve feedback, indicadores, stakeholder, pesquisas de mercado entre outros. Acompanhe a lista abaixo:
- Entender o cliente através de pesquisas com questionários, serviços de dados gerenciados (MDS), entre outras. Este contato pode ser feito também através de ligações para se mostrar presente;
- Ter um canal para ouvir o usuário;
- As métricas comportamentais dizem muito sobre como o usuário está usando o produto. Em conjunto com as métricas de indicadores, elas se tornam essenciais, pois agregam em melhorias e na captação de novos clientes.
- Análise de indicadores do negócio, quando o contexto é voltado para o business;
- Testes com o usuário do produto para obter validação de hipóteses;
- Coletar informações e obter um alinhamento com stakeholders para garantir melhorias de interação. Eles podem ser usuários ou fornecedores.
- Através do benchmarking de mercado é possível encontrar tendências de produtos com inovação que te levam a gerar insights para o seu produto.
O que fazer quando a evolução do produto vai para o lado contrário do negócio?
Imagine que a evolução do produto está indo para o lado A e a evolução do negócio está indo para o B. É natural ter discordância no caminho a seguir mas para Leo, o melhor caminho é ir pela lógica porque assim é possível ter um norte.
Alisson concorda e complementa que é necessário ter uma munição de informações. Sendo PO ou PM, os dados de comportamento de acessos do cliente são primordiais, assim como manter a constância ao captar os feelings de pensamentos do cliente e empresa.
A área de produtos pode ser considerada como uma área de relacionamento?
O profissional que trabalha com produtos deve conhecer e prever o comportamento dos clientes e também fornecer estratégia e informações para facilitar o desenvolvimento e execução.
Leo comenta que, ao vermos uma empresa que é “produtizada”, essa empresa tem uma área perene, já que há uma necessidade relacionamento – “Muitas vezes é a pessoa de produto que precisa falar com a área jurídica e coletar dados, ou com a área de marketing para elaborar planos de ação e releases.”
Percebemos que esta é uma soft skill extremamente importante. Não tem como trabalhar na companhia sem comunicação.
Allison afirma que: “Muitas vezes você possui uma ótica além do produto. O profissional consegue ter em sua rotina outras áreas de atuação que se tornam parte do trabalho, conversando mais de uma vez durante o dia. Não existe comunicação dura, é uma comunicação livre e direta.”
Áreas de suporte para os squads
Na atualidade, existem empresas que optam por ter um time com modelos de pesquisas que captam hipóteses e levam para a companhia. Neste modelo, você tira algumas atribuições do colaborador, porém, otimiza sua rotina de processos através da equipe específica para fornecer suporte.
Por mais que seja uma área nova e nada comum dentro das empresas, a área de researcher acelera as melhorias de produto.
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