Trabalho remoto, equipes descentralizadas e os desafios da gestão
Gestão de tempo, distribuição de equipe, gerenciamento e foco foram temas abordados na live do Mestre GP ao cubo com dois grandes gestores – Marcio Bueno – Head de Tecnologia e Projetos na Publicis e Thiago Carneiro – Diretor de Operações e Projetos na BETC Havas.
A pandemia do novo coronavírus trouxe mudanças significativas no mundo do trabalho, antecipando tendências que vinham sendo gradativamente implantadas como o home-office e a seleção de profissionais de forma totalmente online.
Nos últimos 12 meses, os desafios da gestão neste ‘novo normal’ tiveram que ser adaptados. Além das descobertas para manter o time coeso, produtivo e motivado, foram necessárias algumas mudanças nos processos e práticas, assim como a implementação de novas ferramentas também.
Para entender melhor e ajudar os gestores que se encontram nessa situação, o Instituto Mestre GP convidou Marcio Bueno – Head de Tecnologia e Projetos na Publicis e Thiago Carneiro – Diretor de Operações e Projetos na BETC Havas, para participarem da live que acontece semanalmente no Mestre GP ao cubo – o streaming da gestão do Instituto Mestre GP.
Para Marcio, é necessário sempre nos atualizarmos em termos de gestão – “Gestão é um tema infinito, já que os temas e os tempos mudam. Sendo assim, precisamos nos manter sempre em movimento.” – afirma o diretor.
Qual é a realidade da sua empresa?
A sua empresa já realizava uma experimentação de trabalho remoto mesmo sem este contexto da pandemia ou essa realidade só surgiu depois desta necessidade de adaptação?
É necessário entender qual o momento que a sua empresa se encontra para alavancar os resultados e gerir os colaboradores da melhor maneira.
Em termos específicos de gestão, os desafios de quem lidera projetos se caracterizam em alinhar uma rotina de produtividade, auto-gerenciamento, gestão de tempo e foco, incluindo também os aspectos técnicos e de soft skills que os times remotos precisam.
Thiago relatou que a incerteza do que viria era muito grande e por mais que o home-office já estivesse preparado tecnologicamente e em termos de gestão em sua empresa, administrar o impacto da mudança brusca foi consideravelmente difícil. “Os líderes precisam estar próximos e o senso de sentir-se preparado precisa ser diário”.
É importante notar que a partir dos desafios, as oportunidades podem nascer. Um exemplo disso é alinhar ferramentas que antes não eram tão utilizadas pela empresa.
Para Thiago, o uso das ferramentas virou cultura e não uma imposição – “Grupos no whatsapp atrapalham a nossa vida social. Você entra no aplicativo para ver uma mensagem da família e acaba preso no grupo do trabalho”.
A autogestão no universo remoto
Autogestão é a capacidade de agir com autonomia e colaboração dentro de uma relação de trabalho. Quando você é um líder, precisa focar para que seu tempo seja otimizado e a sua informação seja disseminada da melhor maneira.
A abundância em relação ao tempo em casa nos engana. Se não houver uma preparação do dia, as informações ficarão vagas. Você é o seu gestor, tem responsabilidades e isso é encarado como um princípio básico. Essa responsabilidade é nativa. Algumas pessoas têm mais facilidade de gerir o tempo e como líderes, somos responsáveis por identificar quais pessoas não sabem gerir o tempo e instruí-las – comenta Marcio.
Como fazer com que a equipe tenha alta performance?
O tamanho do engajamento de um líder sem dúvida alguma reflete no seu time. Quando há empoderamento, é certo que o time terá um comportamento alinhado ao gestor, por isso, é necessário ter uma sintonia com a equipe e identificar as oportunidades de alavancar projetos e ideias.
Listamos abaixo alguns pontos que Marcio possui em sua rotina e fazem total diferença:
- Apontar pequenas mudanças e identificá-las, faz com que grandes coisas aconteçam.
- Ao dividir problemas, você os soluciona com mais clareza;
- Comemorar pequenas conquistas é válido. Nomeamos de pequenas, mas na verdade, elas valem muito.
Como manter o time engajado?
Engajar se tornou complexo, tanto para o time quanto para quem entra na empresa. Na teoria, as ações de engajamento de colaboradores no ambiente online seguem a mesma cartilha do trabalho convencional, porém é preciso levar em consideração o fator humano. Todos sonham e tem um propósito de vida.
Perguntas como: Como está a vida? Como tem sido o home-office para você? São extremamente importantes. Vale muito a pena criar e entregar encontros com o time, como por exemplo, check in e check out para falar sobre qualquer coisa que não seja o trabalho.
Para quem entra é fundamental ter um onboarding planejado. Entrega de planejamento da empresa, o que você espera dela, gifts etc.
O time precisa se sentir pertencente a algo se não, não irá se encaixar. Trazer pessoas de áreas distintas para se conectar entre si, é muito importante e enriquecedor.
“Estamos no trabalho e somos seres humanos. O lado humano não pode morrer. Você é um ser humano além daquele que entrega projetos.” – conclui Marcio.
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