[GP de A a Z] O que esperar de um Gestor de Projetos: hard e soft skills do GP
Quais habilidades técnicas e humanas um líder precisa ter? Confira dicas para melhorar as skills do GP
Por Gabriela Manzini, Head de Conteúdo no Mestre GP*
O Gestor, Gerente ou Líder de Projetos, mais conhecido como GP, é um agente condutor de mudanças dentro do mundo VUCA. Em tempos de Transformação Digital, sua importância cresce no sentido de quebrar os silos dentro das agências de publicidade e ajudar a organizar e construir novos processos de trabalho para projetos mais eficazes e rentáveis.
Mas o que esperar de um GP enquanto profissional, dentro de seu escopo de trabalho? Por quais habilidades ele deve ser cobrado? Qual o perfil de um profissional desta área?
Assim como um líder, as habilidades técnicas se intercalarão com as de cunho humano, mas precisamente chamadas de Hard e Soft Skills.
- Hard skills: capabilidades técnicas > é possível adquiri-las por meio de cursos, ferramentas, metodologias. Assim, o domínio de ferramentas e técnicas de processos e gestão estão entre as habilidades requisitadas pelos RHs para este profissional.
- Soft Skills: competências subjetivas, também conhecidas como people ou interpersonal skills > curiosidade, visão do todo, empatia, comunicativo, motivador, positivo, educador, persuasivo, integrador.
Mas qual o nível de entendimento de cada skills que se espera que o GP tenha?
Segundo as professoras do Módulo 1 e 2 do Curso de Gerenciamento de Projetos, Jaqueline Travaglin e Vanessa Mendes, este profissional não tem que ser técnico, mas precisa saber que precisa ter um projeto que entregue eficácia e rentabilidade. “Precisa ter um conhecimento que embase tudo que envolve, conhecimento básico mesmo. Na maior parte das vezes, é conhecimento padrão”, afirmam as profissionais. Jaqueline é diretora geral de operações da Y&R e Vanessa é diretora de Operações na Hogarth.
Já as soft skills, acabam formando por muitas vezes um tema polêmico no mercado, pois espera-se que este profissional tenha habilidade e jogo de cintura para comandar projetos, mas sem ser o ‘dono’ do processo todos, permitindo que as pessoas envolvidas tenham liberdade para trabalhar e atuar conforme seus expertises.
Abaixo, você encontra várias dicas das profissionais que pode te ajudar a equilibrar essa balança entre liderar e inspirar.
“Não é invadir o espaço do outro, não é trabalhar pelo outro, é um trabalho colaborativo” – Vanessa Mendes, diretora de Operações na Hogarth.
“Ele é o fio condutor. ele tem que garantir que a informação flua no timing certo, jeito certo. E o conhecimento é o que guia essa gestão” – Jaqueline Travaglin, diretora geral de operações da Y&R.
“Se estivermos em trabalhos que tem atritos, é sempre olhar o copo meio cheio: o que
aprendi disso? O que eu quero que não se repita?” – Jaqueline Travaglin.
“Entrevistas, almoços e cafés com todas as áreas te permite entender o que você não conhece e evitar escopos errados. Além disso, ouvir dos assistentes à diretoria, nesta ordem, te permite entender os reais problemas do dia a dia para trazer soluções. Precisamos ser menos ‘projeto’ e mais ‘gestão’” – Jaqueline Travaglin.
“Errar é importante. […] Não pode colocar o erro como se fosse uma faca no coração. Sem mimimi. Aprenda com seus erros, aprenda com as dificuldades”, Jaqueline e Vanessa.
“Pode existir gerente de projeto atrelado a uma área, atrelado a um projeto, atrelado a uma empresa. Precisa projetizar todas as áreas e ensinar skills junto de todos que estão atrelados a nós” – Jaqueline Travaglin
“A gente vai entregar o que tem que entregar para os nossos clientes, mas de forma inteligente, organizada e gastando menos com a receita do cliente” – Vanessa Mendes.
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