UX e rentabilidade de projetos. O que eles têm em comum?

No mercado atual, considerando toda a cadeia de um projeto, qual é a hora mais cara envolvida? Seria do atendimento para acompanhar o cliente e tentar trazer o briefing mais completo para dentro da casa? Ou da equipe de planejamento pesquisando a melhor estratégia que resolva o problema do cliente? Criação “fritando a cuca” para trazer algo novo que ajude a concretizar a estratégia de forma criativa? O GP que coordena e organiza as equipes e o projeto para respeitar as entregas? Tecnologia produzindo soluções digitais ao toque de caixa?

A hora do cliente sempre é a mais valiosa, pois ela pode trazer novos negócios para a sua empresa, ou decidir fazer negócio com seu concorrente. E nada o frustra mais do que retrabalho.

Retrabalho é um problema para qualquer empresa. O projeto pode ter profissionais incríveis envolvidos e, mesmo assim, haver ruídos na comunicação, desalinhando expectativas e gerando problemas na “sincronização” das ideias. Eis que entra UX como um diferencial para ajudar a resolver esse gap.

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(Tradução: “Fico feliz que estarmos todos de acordo!”)

Hoje em dia, como líder de UX da Casion, costumo trabalhar com profissionais das mais diversas áreas dentro da agência. Apesar de termos diversas entregas possíveis no trabalho (como personas, mapa de jornada do consumidor, etc), há uma ferramenta bem simples e efetiva em praticamente todos os projetos que resolve o problema de comunicação: o protótipo (o termo “wireframe” também é muito utilizado).

Costumo dar um exemplo da construção da casa para os clientes: você dificilmente terá uma boa experiência ao construir uma casa sem uma planta antes. Inclusive serão complicados de se estimar materiais de construção, mão de obra necessária para entregar em um prazo razoável, além de ser um árduo trabalho transmitir aos prestadores de serviço o que você quer de resultado final. Cedo ou tarde você terá que colocar algum desenho no papel. Apesar de simples, essa analogia costuma funcionar bem.

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(Exemplo de um protótipo responsivo)

O principal objetivo do protótipo é mapear as necessidades e fazer um “esqueleto” da solução de forma rápida e sem muito apreço à estética em si. Dependendo do nível de fidelidade, você já pode trabalhar com as interações (simulação de busca, transição de elementos, comportamentos do menu).

Há diversas vantagens nesse processo:

  • Permite uma rápida validação das ideias com todas as áreas envolvidas no projeto do lado da agência.
  • Ajuda a validar a estratégia de conteúdo que será utilizada no site/plataforma.
  • Gera mais clareza do “todo” para a equipe de criação trabalhar com “look and feel”.
  • Equipe de tecnologia consegue mapear possíveis problemas de funcionalidades e até sugerir melhores caminhos.
  • Possibilita testes de usabilidade com usuário final para melhorar a interface de acordo com seu público-alvo.
  • Com um mínimo de abstração, o cliente poderá fazer observações sobre o que ele esperava e diversos pontos dúbios serão clarificados ainda nessa fase.

Quando conseguimos rastrear os objetivos do cliente durante a fase de prototipagem, além de suprimir o desgaste com retrabalhos para chegar ao resultado ideal, evitamos problemas com cronogramas espremidos e noites regadas a pizza.

Paralelo ao conhecimento em prototipagem, o profissional de UX tem uma forte visão de negócio aliado ao design centrado no usuário. Ele pode (e deve) ser um grande aliado do Gerente de Projetos, ajudando-o a fazer a ponte entre todos os envolvidos no projeto e garantindo a qualidade da entrega das soluções. Um processo integrado entre estes profissionais tende a melhorar a performance da empresa como um todo e, em muitos casos, influenciar a sua própria cultura.

E sua empresa? Já funciona dessa forma? Qual a visão de UX que ela tem? Deixe seus comentários abaixo e vamos continuar esse bate-papo.

C ya, folks!


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